Tive exames. Já há algum tempo, é certo, mas só agora tive tempo, motivação e paciência para vir falar sobre isso. 
Sou aluna de ciências e tecnologias o que, no meu caso, implicou realizar os exames de fisíca-química e de biologia e geologia. ''Correram bem.'' dizia eu a quem perguntava. Depois saíram os resultados e se, por um lado a nota de física-química correspondia às expectativas, por outro a nota de biologia e geologia deixava muito a desejar. E foi aí que começou o drama. 
Pela primeira vez na minha vida (e espero que tenha sido a última), chorei por causa de uma nota... O que agora, passado algum tempo, chega a ser ridículo principalmente se tivermos em conta que tinha tido a melhor nota da escola no referido exame. Chorei e enquanto isso ia equacionando o que ia fazer. Decidi ir à segunda fase (porque a nota do exame tinha baixado a minha nota interna) e ao mesmo tempo decidi também fazer reapreciação de prova.
Voltei a estudar e a ir à escola tratar de toda a burocracia inerente a estes dois processos. Os resultados vieram e... fiquei com o mesmo resultado em ambas as fases, o que me deixou um pouco mais feliz.
Ainda assim, e não contente com toda esta canseira, decidi voltar a repetir o exame de biologia e geologia este ano. Como tinha falta de trabalho com os exames de português e matemática A ainda me fui pôr em mais uma alhada! Só comigo...

Agora #somostodosatletas, assim com hashtags e tudo para ser moderno e fashion (adoro esta palavras, fashion.
Acordam cedo e vão correr enquanto olham para o rio. Percurso marcado em aplicações inteligentes de telemóveis ainda mais inteligentes. E ficam com "dores de burro"... E sabem porque se chamam "dores de burro"? Porque são burros em acharem que conseguem correr a maratona logo no primeiro dia de treino.
Fazem abdominais, flexões, squats, burpees e tudo a que têm direito.
Publicam fotos nas redes sociais das comidas saudáveis, da vista, da roupa de treino, dos ténis novos...
Inscrevem-se em ginásios com nomes chiques e têm PTs com nomes betos.
Bebem sumos verdes, com ar feiinho que dói. Alface, pepino, tomates, couves e o diabo a sete. Aquilo para mim é uma sopa toda batida. Batida e bebida num copo, enquanto fazem cara feia, que aquilo parece tudo menos apetitoso.

Mas isto não era só para destilar veneno. Calma, eu não assim tão má.
Eu juro que admiro a força de vontade de todos os corredores de rua, daqueles que vão e correm só porque sim, só porque gostam. Vão quer faça sol ou chova torrencimente. Se eu acho que há gente que anda nisto por moda? Acho! Mas pelo menos é uma moda saudável.

Miúda,

Aprende novas coisas. Nunca percas a curiosidade de uma criança. Nunca aches que já sabes tudo. Pesquisa e deixa-te maravilhar por aquilo que há para descobrir. 
Não sejas tão certinha. Mexe na terra. Rebola na relva. Deixa-te perder por sítios desconhecidos. Aceita ir em programas que não estavam planeados.
Respira fundo. Não faz mal parar. Fazer uma pausa. Dormir sobre o assunto. Não te preocupes em demasia com aquilo que não pode, ou não quer, ser mudado.
Organiza-te melhor. "Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje."
Abraça mais. Entrega-te mais. Deixa os outros conhecerem-te. 
Não sejas tão desconfiada. Nem toda a gente te quer magoar. Algumas pessoas querem, genuinamente, saber como estás quando to perguntam.
Tem mais confiança em ti. Aceita um elogio. Não tenhas medo de errar. Nunca digas que não sabes ou não consegues antes de tentar. Não tenhas medo do que os outros poderão dizer.
Sê criativa. Inventa. Descobre novas maneiras de fazeres o que já sabes.
Ri-te (ainda) mais. Rir nunca é demais. Tem sentido de humor. 
Vai. É sempre melhor ir e descobrir o que está do outro lado.
Fala menos e escuta mais. Os outros podem ensinar-te muito mais do que aquilo que achas. Ouve sempre a outra versão da história.
Dança. Dança à chuva. Dança sozinha ou acompanhada. Dança com ou sem música. Dança quer saibas os passos certinhos ou não. O que conta, na vida como na dança, é divertires-te.

A vida é para ser vívida. Não tenhas medo de a viver.

Beijinhos,
Shanel

Amanhã é dia de vólei. Um monte de miúdas vestidas de igual e sem se chatearem, não é incrível? Ali todas bonitinhas, com calções pretos, joelheiras pretas, meias brancas pelo joelho (porque é que eu me lembro sempre dos miúdos betos-chiques-fófi-coiso?), t-shirt igual. E uma rede a separar outro grupinho de raparigas em semelhante outfit. E atiram-se para o chão, saltam, aleijam os braços e os dedos, batem palmas e no fim ainda vão cumprimentar as adversárias. Bem, nem todas... Há sempre uma jogadora que não gostamos e tiramos propositadamente a mãozinha...

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Não gosto nada de jogar contra amigas. Mas amanhã não vai haver amiga que me meta pena ou compaixão. Amanhã é para ganhar que o jogo é importante. Como diz o meu pai, "Amigos, amigos, negócios à parte."

Hoje estou triste. A vida é curta e injusta.

Chegaram as férias do Carnaval, e tendo em conta que nunca achei piadinha nenhuma a esta época, decidi dedicar grande parte do meu tempo ao estudo. Fiz os trabalhos de casa de química. Fiz os trabalhos de casa de inglês. Fiz exercícios de matemática. Adiantei, bastante, um trabalho de inglês sobre publicidade e marcas. Continuei um trabalho sobre Os Maias (e continuo sem ler o livro). Fiz apontamentos de geologia. 
Mas não achem que passei os dias fechada em casa a estudar como se a minha vida não fosse nada para além da escola. Também vi muitos filmes, combinei almoços com amigos de longa data que não vejo há muito tempo, fui a Lisboa passear, fui passear com a minha mãe pela zona e estive com amigos. E, claro, pus o sono em dia. 
Sinto que estas mini mini férias foram bem aproveitadas. Estava mesmo a precisar deste tempo para descansar e pôr tudo em ordem.


São Pedro está mais inconstante que uma adolescente.

A minha vida está como o Universo... Um caos.
Sempre me disseram que o décimo primeiro ano era o pior. Eu ia cuspindo para o ar e fingindo que não era nada comigo. E os anos foram passando e quando dei por ela estava no tão afamado ano. E o horário que parece não ter fim, a matéria que se acumula, os exames que estão quase à porta, as pessoas que fazem pressão para escolher o curso (hoje falaram-me em "enriquecimento curricular"... Façam cursos de verão e trabalhem nas férias que é bom para o mercado de trabalho? Aiii, não estou pronta para essas responsabilidades, ainda sou criança). E o vólei, que chegou sem ninguém perceber, foi ganhando espaço de mansinho e agora é parte acrescida no horário.
E no meio disto tudo não tenho tempo para almoçar. Como a caminho de mais uma aula ou engulo sem mastigar qualquer coisa em casa. Ando sempre com duas malas, uma da escola e outra do treino. Chego a casa e não me apetece estudar, óbvio. Cansada da escola estou eu. E tenho de ler uma obra para a escola, e um trabalho para apresentar, e um teste hoje, uma ficha amanhã, jogo no fim‑de‑semana, treino nos espaços possíveis. E os dias vão passando e eu acho que não fiz nada de jeito. (Provavelmente não fiz mesmo!)

Se isto vos pareceu uma queixa de falta de tempo é porque é. Mas agora adeusinho que o tempo é pouco e não espera por ninguém...

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(Texto em tom de desabafo, à pressa e sem intelectualizações de nenhuma espécie)

Ainda se pode falar do ano novo?
Bem vindos a 2015. Depois da passagem por todo um ritual quase satânico de comer uma passa por badalada até à meia noite, chegamos, enfim, a um ano novinho em folha. Um ano que começa com todas as perspectivas mas que chega a dia 7 e, muitas das vezes, já sabemos de vai ser mais do mesmo. E ultimamente tenho me debatido com este "mais do mesmo", esta normalidade na nossa vida, este ramram de rotinas e de os dias passarem, sem surpresas, com rotinas já conhecidas milenarmente. 
Eu quero ser extraordinária, descobrir a cura para o cancro ou ser a primeira a chegar a Marte. Todos queremos, acho eu. Queremos ser o mais e o maior mas a verdade é que as probabilidades disso acontecer não estão propriamente do nosso lado. E os dias vão passando e nós continuamos a ser o "Zé da esquina". Eu gosto desta normalidade mas anseio chegar mais longe, dar o próximo passo. Acho que é esta a chave do sucesso (se é que existe essa chave), dar graças pelo que temos e sonhar (e fazer por isso) com o melhor. Acho que é isso que vou continuar a fazer, sonhar e fazer acontecer...
E isto não foi um texto de ano novo mas aqui ficam os desejos de um excelente ano.

Não há paciência para centros comerciais. Há ainda menos paciência para centros comerciais durante a época natalícia. Ele é vendedores que não me conhecem de lado nenhum mas insistem em me desejar um feliz Natal em pleno Novembro. Ele é o Pai Natal que dá a mesma prenda a um puto de 10 anos e a uma bebé de 5 meses. Eles são as pessoas que quase se atropelam para agarrarem a caixa de Ferrero mais bonita. Não olham a meios para conseguirem aquela embalagem de chocolates ou aquele par de meias. Não pode ser outro, o meu querido sobrinho (que normalmente não sabem os nomes e só vêem nesta altura do ano) gosta mesmo é destas meias, se não tiver a raquete ele não vai gostar.

Mas não são só as pessoas que contribuem para este meu "ódio" de estimação. Não! A própria decoração encarrega-se de tornar a experiência mais infernal. As luzinhas pisca pisca que devem ser um mimo para os epilépticos. As musiquinhas que me causam urticária. Um mimo. Oiçam o que vos digo, um mimo.

E apesar disto tudo o Natal continua a ser uma época mágica, não continua? 

Um feliz natal paa todos, especialmente para quem ainda não comprou todas as prendas e ainda precisa de pôr os pézinhos num centro comercial no dia 24 à tarde.